quinta-feira, 3 de março de 2011

Criatividade: o cérebro humano e as máquinas

Lendo o artigo reproduzido abaixo, fiquei imaginando a relação homem x computador, homem x máquina e me veio a mente uma frase que utilizo na assinatura de meu e-mail, dita por Theodor Heuss, político alemão que diz: As máquinas, um dia, talvez venham a pensar, mas, nunca terão sonhos. Esta frase pode ser dita hoje da seguinte forma: As máquinas hoje são capazes de pensar, mas, não são criativas.


Criatividade: o cérebro humano e as máquinas
Toda vez que uma máquina nos surpreende, como a vitória do supercomputador Watson sobre os dois maiores campeões do jogo de televisão Jeopardy!, nos sentimos no dever de esclarecer aos leitores que uma máquina nunca desenvolverá um ato criativo. Watson nunca fará uma invenção, inovação ou sequer um poema infantil. O cérebro animal continua sendo o único celeiro de criatividade.

Na última jogada de marketing da IBM, Watson facilmente superou em cálculos dois cérebros humanos. Podemos até chamar o desempenho dessa máquina de pensamento, mas não podemos chamá-lo de criatividade. Vemos primatas, alguns outros mamíferos e até pássaros se comportarem de forma criativa, mas nunca as máquinas.

Quando Watson considera uma pergunta do jogo Jeopardy! (na verdade uma resposta para a qual você deve fornecer a pergunta), seus 2.500 núcleos de processamento paralelo manipulam algoritmos escritos por humanos na velocidade de 33 bilhões de operações por segundo. Num tempo incrível, Watson atribui uma nota a uma série de possíveis respostas. Quando ele encontra uma ou mais que atingem um determinado nível de precisão, ele escolhe a que apresenta a maior nota.

Num artigo do NY Times com o título What Is Artificial Intelligence? (O que é inteligência artificial?), seu autor questiona se Watson está realmente respondendo perguntas ou simplesmente percebendo correlações estatísticas numa vasta quantidade de dados.

Qual será a diferença? Quando os outros jogadores respondem, cada um coloca para funcionar parte dos seus 100 bilhões de neurônios dentro de 1,5 kg de massa cinzenta. Como o cérebro humano faz isso ainda permanece um mistério, mas o processo pode não ser muito diferente do usado por Watson. Afinal, ele foi projetado pelos cérebros dos seus engenheiros e não seria de surpreender se eles tivessem criado Watson à sua imagem.

O time da IBM evoluiu, é claro, dado o tremendo poder de responder perguntas de temas abertos do Watson em relação à manipulação relativamente mais simples de opções fechadas do Deep Blue, o computador que ganhou no xadrez do grande campeão Kasparov. Ainda assim, o Watson é simplesmente uma máquina que realiza mais cálculos não criativos muito mais rápidos.

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