quinta-feira, 16 de maio de 2013

Pesquisa “TIC Kids Brasil Online 2012″ mapeia comportamento de crianças e adolescentes na Internet



A pesquisa tem o objetivo de mapear oportunidades e riscos e entender como as crianças e adolescentes de 9 a 16 anos utilizam a Internet. Foram observadas ainda as preocupações dos pais e responsáveis neste contexto

Baseado na pesquisa europeia “EU Kids Online” (www2.lse.ac.uk), que fez um mapeamento da relação das crianças com a internet, o Comitê Gestor da Internet no Brasil (Cetic.br), em conjunto com o Centro de Estudos da Tecnologia da Informação e da Comunicação e o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR, lançou a pesquisa “TIC Kids Brasil Online 2012” que revelou dados interessantes sobre a vida on-line dos jovens. No momento, também aconteceu o debate “Crianças e adolescentes na internet: riscos e oportunidades”, que contou com a presença da professora da London School of Economics, Ellen J. Helspe, da professora da Universidade Nova de Lisboa, Cristina Ponte, e da Consultora em Mídia e Educação, Regina de Assis.

Segundo o gerente do Cetic.br, Alexandre Barbosa, “os inúmeros benefícios da Internet estão relacionados à aprendizagem, socialização, comunicação e entretenimento. Por outro lado, o acesso à rede tem potencializado a exposição a riscos on-line, alguns deles comuns também no mundo off-line (tais como bullying, pornografia e exploração sexual). A disseminação das tecnologias digitais pode gerar também novos riscos, como é a violação da privacidade, o rastreamento da localização geográfica e o acesso a mensagens de conteúdo sexual. Foi neste contexto que nasceu a pesquisa TIC Kids Online Brasil”, esclarece.

A pesquisa, inédita no Brasil e com dados pouco explorados em todo o mundo, aparece como um forte combustível para que pais e professores integrem as tecnologias ao seu cotidiano e passem a enxergar as oportunidades que elas trazem.

Conheça alguns dos indicadores da pesquisa que alertam para a importância de que o uso seguro da Internet seja incorporado ao debate público:


  • O primeiro contato com a Internet acontece cada vez mais cedo e a frequência de uso também é crescente; metade dos entrevistados usa a rede diariamente.
  • Quanto ao local de uso, a maioria acessa em casa, mas dizem preferir lugares como o quarto, por exemplo, onde têm mais privacidade. Também por isso, muitos optam pelo acesso via celular.
  • Os entrevistados usam com bastante intensidade a Internet para acessar redes sociais, assistir vídeos, jogar e trocar mensagens instantâneas; 70% das crianças e adolescentes brasileiros que usam a Internet têm um perfil em redes sociais. Em comparação, na Europa esse número é de 57% (o que indica a pesquisa “EU Kids Online”, 2010).
  • Em relação a efeitos do uso da Internet, a pesquisa mostra que 18% dos entrevistados tentam passar menos tempo na Internet e não conseguem, 11% deles se sentem mal quando não podem acessar e 7% declaram que deixam de comer ou dormir para ficar navegando.
  • O estudo indica que 55% das crianças e adolescentes brasileiros usuários de Internet vive em famílias nas quais nenhum dos responsáveis usa a Internet.
  • Quanto a riscos, apenas 6% dos pais/responsáveis acreditam que seu filho possa ter passado por alguma situação incômoda ao usar a Internet. Essa percepção dos pais sobre os possíveis riscos na Internet contrasta com a visão dos jovens: 72% deles acreditam que há sim coisas na Internet que incomodam pessoas de sua idade.


Conheça a pesquisa na íntegra (baixe aqui) e saiba mais sobre o perfil das crianças e jovens usuárias de Internet no Brasil.

Fontes: Portal Instituto Claro e Adital Jovem – Agência de Notícias

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Você se sente representado?




Vivemos em uma sociedade democrática por direito. Somos livres para escolhermos quem serão nossos representantes. Conquistamos com a constituição de 1988, o direito a escolha, ao voto. Voto este que pressupõem a possibilidade de sermos governados por quem bem entendermos e por quem achamos que tem condições para exercer as funções para o cargo que o escolhemos. Até ai tudo bem, apesar de que às vezes nossas escolhas dêem erradas, mas a culpa não é só do sistema e sim das nossas próprias escolhas, ou então da nossa omissão, de não escolhermos e de não verificarmos melhor o nosso objeto de escolha.

Pensando com o colocado acima, se alguma coisa der errada a culpa é nossa que escolhemos mal. Mas onde quero chegar é nas escolhas que estas pessoas acabam fazendo por nós. Ou seja, aquelas pessoas que hoje ocupam um cargo estratégico dentro de uma gestão, de uma administração, muitas vezes não correspondem a nossas escolhas.  Se analisarmos os casos recentes envolvendo os governos em todas as esferas, temos vários exemplos de fatos que ocorreram que se dependesse das nossas escolhas poderiam não ter ocorrido. O escândalo das licenças ambientais é um deles.

A grande maioria dos cargos públicos de representação são indicações de pessoas que nós escolhemos. O secretário do município, do estado, os ministros, os diretores, são frutos de escolhas através dos nossos escolhidos, mas diretamente nem sempre são de nosso agrado. Este é o “x” da questão: você se sente representado por estas escolhas? Posso afirmar que de minha parte nem sempre, pois, em todas as esferas do poder tem muita gente que foi escolhida pelo meu escolhido e não me representa. Gente que eu não concordo que esteja ocupando cargos estratégicos.

Se olharmos as administrações públicas, percebemos a grande quantidade de pessoas que não tem as mínimas condições de estarem ocupando cargos que irão influenciar nas nossas vidas. Condições estas, não só pela falta de estudo, de conhecimento de causa, mas também por falta de condições éticas e morais. Apadrinhados políticos que estão ali para cumprir as promessas feitas nas campanhas eleitorais, para agradar este ou aquele, ou então para usufruir dos benefícios e do status do cargo ou até para usurpar do que é do povo. Pessoas estas, que pouco estão preocupadas com o desenvolvimento dos municípios, dos estados ou da nação, até porque muitas não sabem como proporcionar o desenvolvimento.

Este é o país em que vivemos, onde se diz ser democrático. País este em que algum de nossos escolhidos direta ou indiretamente, decidiu que um presidiário tem o direito de fazer a vacina da gripe por estar num grupo de risco – deve ser somente o risco a sociedade – e um professor, ou um cidadão comum não tem este direito.  Onde escolhem as pessoas que irão te representar mesmo que você não concorde com a escolha. Onde ainda temos muito que amadurecer, a bem de não continuarmos errando, a bem de continuarmos não reconhecendo de forma legítima quem nos representa, a bem de não avançarmos na velocidade que precisamos. É necessário evoluir para então vivermos uma democracia de fato, de verdade e legítima.